segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Para quem lemos/escrevemos?

Vou contar uma historinha:
Há uns 18 anos, eu trabalhava numa escola estadual, e o que vou relatar não aconteceu propriamente comigo, mas serve de exemplo para o que estudamos no módulo 1 de Linguagem e Educação.
Eu tinha uma colega e esta colega tinha um filho frequentando a 3ª série na mesma escola, com uma professora bem tradicional, mas muito querida entre os alunos, e também muito exigente.
Pois bem, esta professora dava muito valor para as redações em portiguês, ela gostava de redações perfeitas e sempre aconselhava seus alunos a primeiro fazerem um rascunho, para depois transcrever para caderno ou folha para entregar.
Um dia, o menino leu para os pais uma redação muito bonita, com um enredo fantasioso, mas bem longa, então a mãe perguntou se era a redação que teria de entregar para a professora, ele disse que não, ele fizera duas redações, a do jeito dele (que ele leu para os pais), e a que ele deveria entregar para o professora pela manhã, com três parágrafos e acentuação impecável.
Este é um exemplo de que mesmo as crianças, têm a noção de que se deve escrever de forma diferente, dependendo da pessoa para quem se escreve e da ocasião.

Um comentário:

Giselda Correa disse...

Olá Maria Helena... ao ler teu post, me veio a cabeça uma frase da Emilia Ferreiro que li recentemente e que diz: "Por trás da mão que pega o lápis,dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam,há uma criança que pensa"
É preciso superar esta postura de professor transmissor de conhecimentos e fazer uma educação de um para com o outro e não de um para o outro. Abs,Gi